sábado, 22 de março de 2008

Metamorfose regressiva.

Aquela janela de madeira velha

Torturada por lembranças de olhares

Palavras de um adeus

E pela tua imagem dolosa que acabo de ver passar

Foi marcada pelo transformismo do teu semblante:

Uma cor descolorida na tua pele;

Olhos desbotados de existência

E a memória de que um dia alguém foi.

Aquele perfume adocicado

Substituído pelo cheiro de cigarro

E o emblema sereno

Que outrora fora seu sorriso

Foi impregnado de fumaça.



Sorrateiramente demudada em restos.



E a recompensa de tanto desgasto

É a solidão que te acomete

E a paranóia de vossa mente

Teus brinquedos de devaneios translúcidos

Que afirmava ser salvação

Tornou motivo da tua morte lenta.

E a ti sobrou o nada:

Subjugada ao menosprezo

Das tuas futuras

Cinzas decrépitas

As quais

A terra rejeitará

Por tamanha

P O D R I D Ã O

6 comentários:

- disse...

ando tão rasa de poesia, mas gostei tanto disso.

Jota Mombaça disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Jota Mombaça disse...

Quanta poeticidade!
Poderia dizer que é surpreendente ou coisa assim, mas não. Eu já esperava isso de uma pessoa tão encantadora e inteligente como você. Parabéns!!

*removi o outro por causa de eu errinho de concordância ;P

Unknown disse...

Ao ler, vísualizei uma pessoa q vc conhece, atrás dessa fumaça as marcas deixadas, estampada nas rugas e pele ressecada.
Cinzas irá futuramente surgir.
Socorro pela pessoa, ajude, recorra, implore.

Anônimo disse...

Fico ate sem graça de ter q colocar mais uma vez q ficou mt bom e parecer um comentario superficial... Mas ficou mt bom msm... rsrsrs
gsotei da parte estrutural...
as palavras foram bem utilizadas [boa linguagem]
o conteudo interessante...
Enfim, uma verdade clarice... ahuahuahauhauahua
Esperar a metamorgose progressiva...
hauahuahuahauhauahua

Beeijos, Nay!

Anônimo disse...

*Esperarei

[soh corrigindo]