Amar-te-ei sob o pulsar dos meus dias!!!
A cantiga élfica começou quando abrimos a caixinha de música, dois pares de jóias brilharam no fundo aveludado. As bailarinas de porcelana bailavam ao som das compassadas notas, elas rodopiavam e rodopiavam no chão espelhado. O cenário bucólico combinava com o clima agradável da primavera e a utopia de uma amor que chegaria de cavalo branco. Sim, acreditávamos em contos de fadas. Sempre brincávamos de princesas. O complicado era escolher quem seria a princesa e a bruxa, acabamos por alternar os dias. Um dia ela, um dia eu e assim nossas férias iam passando e a musiqueta marcava cada vez mais nas horas dos bailes imaginários e beijos no ar. Hoje acreditamos no amor, mas não em contos de fadas. O conto de fadas acabou quando a bruxa e a princesa resolveram se unir para viver de afeto mútuo.
Amigo imaginário.
Ela estava sentada na cama de olhos fechados pedindo luz e proteção. Ouviu um passo e abriu os olhos:
- Não estou te vendo, mas posso te sentir – Disse escorando-se agora na cabeceira da cama – Contudo é estranho conversar com quem a gente não enxerga...